Desde o início deste século, com a expansão do atendimento às crianças nas unidades de educação infantil no Brasil, tornou-se essencial refletir a respeito de quem é a criança da primeira infância, como ela se desenvolve e do que realmente ela necessita. Nos habituamos e ver nas escolas de educação infantil a alfabetização precoce, o brincar como atividade dirigida (na qual há falta de autonomia e criatividade individual), brinquedos inapropriados e em excesso, ambientes frios e pouco acolhedores; educadores com baixa qualificação profissional e com pouca percepção de si e do outro.

Além disso, as questões manifestadas pelas crianças são, muitas vezes, demasiadamente complexas e desafiadoras para os educadores que, sem recursos ou ferramentas, acabam por sentirem-se impotentes e frustrados.